Antes de mais nada, é preciso dar os créditos de quase todas as dicas desse post a meu amado esposo Marcus Régis, que pesquisou, comprou passagens, reservou hotel, resolveu absolutamente tudo da viagem. A única coisa eu só fiz foi minhas malas :D
Como algumas pessoas me solicitaram que escrevesse o diário
de bordo para que lhes servisse também como guia em suas próximas viagens, esse
post é especialmente dedicado às dicas de viagens. Desse modo, a primeira a
dica é: compre o tênis mais confortável que você puder! A melhor forma de
conhecer uma cidade não é dentro do ônibus, do metrô ou do táxi, mas caminhando
mesmo. Houve dias em que percorremos de 8 a 10 km a pé. Isso mesmo: de 8 a 10 km
a pé em um único dia. Ou seja, ainda que se tenha o sapato mais confortável do
mundo, em um determinado momento seus pés irão ‘reclamar’ e é bom vc estar
preparado psicologicamente para isso. A resistência física também é fundamental!
Dois meses antes de viajar comecei a fazer spinning três vezes por semana e
isso me deu gás para aguentar tais caminhadas.
Para economizar, alugue quartos, estúdios/quitinetes, apartamentos estilo B & B, em sites como https://www.airbnb.com.br/ Comece a pesquisar com, no mínimo, dois
meses de antecedência, leia atentamente as avaliações – quanto maior o número
de avaliações, melhor! – daqueles que se hospedaram no local, tomando o cuidado
de observar se é apenas um quarto ou apartamento inteiro, se o banheiro é particular ou comunitário, se oferece café da
manhã, se fica perto dos principais pontos turísticos e/ou pontos de
ônibus/metrô/praça de táxi, aeroporto.
Compre as passagens internacionais e internas, de
preferência, com três meses de antecedência. Quando chegar o dia da viagem,
você já terá quitado essas despesas e as de hospedagens. Imprima todos os comprovantes
de passagem e hospedagem e coloque-os, na ordem, em uma pasta, na mochila.
Ajuda muito!! Não esqueça de contratar a assistência saúde, o que poderá ser
questionado na imigração. O próprio cartão de crédito lhe dá esse direito
quando você realiza a compra das passagens. Outra coisa: libere seu cartão de
crédito para saques em euro e demais transações internacionais. Pode-se fazer
isso por telefone.
Na maioria dos voos internos na Europa, a bagagem a ser
despachada não pode exceder os 20 ou 23 kg e a bagagem de mão deve pesar até 5 kg (a propósito, compre uma boa mala de rodinhas. Você poderá andar muito para chegar ao local de sua hospedagem, subindo e descendo escadas, passando por cima de batentes). Na
Europa não é como no Brasil que você paga pelo excesso de bagagem e ponto. Aqui,
algumas companhias aéreas (low cost) simplesmente não levam sua bagagem se a mesma exceder
esse peso. Lembre-se de que você também precisará subir as escadas em locais sem elevador e que carregador de bagagem aqui só em hotéis de luxo. Outra dica importante é: trabalhe sempre com a possibilidade de sua
bagagem extraviar, portanto, uma ‘muda’ de roupa na mochila é sempre uma
solução de emergência.
Compre um chip válido para ligações e internet.
Compramos um chip (SIM mundo) no aeroporto de Madrid na loja Orange para usar durante os trinta
dias por 35 euros – para uma viagem mais curta, há opções mais baratas. Você
recebe um crédito de 40 euros para ligações para a Europa, para o Brasil e para
internet 3G, que na maioria dos países funcionou como se fosse uma Wi-Fi super
rápida. Peça ao próprio funcionário da loja para instalar o chip, porque tem
que mandar um sms não sei para onde, colocar um código pin, alterar uma
configuração não sei de quê... Com esse chip você continua com o mesmo número
de Whatsapp do Brasil, alterando apenas temporariamente o número para ligações.
Hoje estamos em nosso 13º dia de viagem e meu saldo é de 19 euros dos 40
iniciais.
Outra dica valiosa são os aplicativos de viagem. Marcus instalou o Moovit, que oferece várias opções para o seu destino final, conforme as opções de transporte púbico oferecidos na cidade. O aplicativo lhe dá várias opções de trajeto (a pé, de metrô, trem, ônibus, táxi) e o tempo de cada um deles. Isso salvou nossas vidas porque não precisávamos ficar olhando mapas nem perguntando a cada 100 metros sobre como chegar a determinado local.
Outra dica valiosa são os aplicativos de viagem. Marcus instalou o Moovit, que oferece várias opções para o seu destino final, conforme as opções de transporte púbico oferecidos na cidade. O aplicativo lhe dá várias opções de trajeto (a pé, de metrô, trem, ônibus, táxi) e o tempo de cada um deles. Isso salvou nossas vidas porque não precisávamos ficar olhando mapas nem perguntando a cada 100 metros sobre como chegar a determinado local.
Leve sua carteira de estudante! No primeiro dia de turismo
pagamos inteira em todas as entradas por pura ignorância. Apenas no Vaticano e
em alguns museus e castelo de Roma não havia a possibilidade de meia entrada.
No Vaticano, disseram que a carteira de estudante seria aceita para o limite de
idade dos 26 anos... como eu passei um pouquinho desse número, não me foi
possível kkkkkkkkk
Leve um adptador universal bom! Para tablets, notebooks,
iphones, smartphones, você precisará de um, já que cada país tem um modelo de
tomada diferente. Traga um ‘farmacinha’ de remédios: anti-inflamatórios, analgésicos,
antibióticos, remédios para desarranjo intestinal, etc., porque aqui é
praticamente impossível comprar remédios sem receita. Lembre-se apenas de
colocar os remédios na mala a ser despachada. Se colocar na bagagem de mão perderá tudo na esteira. Pelo mesmo motivo, não coloque nenhum líquido ou objeto
cortante na mochila. Marcus perdeu um perfume e um antitranspirante. Na
imigração, não use óculos escuros. Eu levei um ‘carão’ do fiscal :D
Doleira |
Leve uma ‘doleira’, com seus euros e seu passaporte. Trata-se
de uma bolsa que você coloca na cintura por dentro da roupa. Minha sogra Kátia costurou pra gente uma igual a essa da imagem ao lado. Jamais saia sem
seu passaporte e, de preferência, não deixe seu dinheiro no
hotel/apartamento/estúdio. Apesar de estarmos na Europa, em todo lugar do
mundo há ladrões à espreita. E para quem tem joias, não as traga ou então
use-as o tempo inteiro.
Faça apenas duas refeições por dia. Um café da manhã bem
reforçado e um almoço-jantar. Primeiro porque as refeições são caras, segundo
porque se você encher ‘o bucho’ no meio do passeio você irá ‘morgar’ e sentir o
cansaço das longas caminhadas. Ah, fuja de restaurantes próximos aos pontos turísticos se não quiser pagar o triplo de outros lugares e nas refeições, se o garçom oferecer água,
rejeite. Geralmente, é um dos itens mais caros do cardápio. Leve sempre uma
garrafinha na mochila porque praticamente em todas as praças há fontes de água
potável, geladinha! Não exagere na bebida alcoólica! Do contrário você poderá
perder um dia de viagem ‘de graça’ pela ressaca.
Por fim, a mais valiosa de todas: estude muito antes sobre o
local que irá visitar. Isso será fundamental para a composição do seu roteiro
de viagem e para um melhor aproveitamento do local. Compre um guia – com mapas!
– e se possível um dicionário para as línguas mais diferentes do Português. O
guia será de grande valia para sua programação diária. Baixe aplicativos no
celular de guias da cidade e mapas de transporte público. Lembre-se apenas de
levar o carregador de celular na mochila e de não deixá-lo descarregar até que
você esteja seguro ‘em casa’ no final do dia.
P.S.: A partir do outono, leve sempre um casaco na mochila.
As variações de temperatura são constantes ;) Para o inverno, uma roupa térmica é questão de sobrevivência!
Obs.: À medida em que surgirem novas dicas, esse post será atualizado.